Hoje farei um post sobre bruxas.
E sim, vou falar sobre casos de bruxas aqui no Brasil!!!
Bora lá??
Uma bruxa é quase sempre retratada como uma mulher velha, nariguda e encarquilhada (uma véa bem carcumida mesmo), manipuladora de Magia Negra e dotada de uma gargalhada terrível e bem da da hora.Outra maneira em que a bruxa é quase sempre retratada é como a de uma mulher sentada numa vassoura voadora, ou com a mesma passada por entre as pernas, andando aos saltitos zuando pela noite e aterrorizando as pessoas e blá.
voa bruxão
As bruxas foram caçadas durante a inquisição na Idade Média. Os métodos usados pelos inquisidores para identificar uma bruxa era na comparação do peso da ré com o peso de uma Bíblia gigante. Aquelas que fossem mais leves eram consideradas bruxas, pois dizia-se que as bruxas adquiriam uma leveza sobrenatural. Frequentemente as bruxas são associadas a gatos pretos, que dentre as Bruxas Tradicionais são os chamados Puckerel, muitas vezes tidos como espíritos guardiões da Arte das Bruxas, que habitam o corpo de um animal. Estes costumam ser designados na literatura como Familiares.
Diziam que as bruxas voavam em vassouras à noite e principalmente em noites de lua cheia, que faziam feitiços e transformavam as pessoas em animais e que eram más.
Vejamos uma bruxa e um gato manjador das artes do vôo.

A caça ás bruxas
Trata-se de ondas de perseguições motivadas pela crença do povo, que entendia ser necessário localizar e punir bruxas que praticavam ou supostamente praticavam rituais exotéricos. A estimativa é de 40 mil a 100 mil execuções por atos de bruxaria nestes quatro séculos (XV e XVIII).
Na Europa da época, havia a crença de que as bruxas e curandeiros eram auxiliados por entidades sobrenaturais conhecidos como espíritos familiares, que assumiam forma terrena, geralmente tendo a aparência de ambos os seres humanos ou animais. Elas costumeiramente viajavam para uma reunião noturna conhecida como sabá, onde adoravam o diabo, festejavam, e cometiam vários pecados.
O início da caça às bruxas
Ocorreu durante a primeira metade do século XV no sudeste da França e oeste da Suíça. No Concílio da Basileia, estabelecido nesta cidade o estereótipo da bruxa satânica, propagado nos futuros julgamentos.
A ideia de que bruxas malévolas satânicas operavam contra a cristandade se espalha pelo Sacro Império Romano e em áreas adjacentes. Em 05 de dezembro de 1484 , o Papa Inocêncio VIII emitiu a Summis desiderantes affectibus , uma bula papal em que reconhece a existência de bruxas.
Os mais famosos julgamentos
Entre os mais famosos estão os:
*North Berwick, na Escócia
*Torsåker, na Suécia
*Trier (1581-1593), Fulda (1603-1606), Würzburg (1626-1631) e de Bamberg (1626-1631), ambos da Alemanha, por ter um grande número de acusados.
Além do julgamento ocorrido em Salem, nos Estados Unidos que é o mais famoso.
Bruxas, feiticeiras e outras endemoniadas
Milhares de supostas bruxas (e bruxos) foram torturadas e condenadas a morrer na fogueira pela Igreja (principalmente) e por tribunais civis, apoiados no medo e na superstição. Aconteceu numa Europa assolada pelas guerras religiosas e fustigada pela fome e pela doença.
Era assim, na forca ou nas chamas purificadoras da fogueira, que as cidades acabavam com os seus bruxos e bruxas. As supostas bruxas (80% das vítimas eram do sexo feminino) não eram como aquelas velhas corcundas e desdentadas que preparam poções nos contos infantis. Aos olhos de leigos e clérigos, estas damas diabólicas pertenciam a uma poderosa organização que trabalhava sem descanso para subverter a religião e pôr fim ao reino de Deus.
A bruxomania instalou-se durante dois séculos na mente de clérigos, juízes, governantes e filósofos, os quais sufocaram na forca e na fogueira o espírito crítico de que costumavam fazer gala.Como podiam pessoas instruídas acreditar em semelhantes disparates? O magistrado papal Paulo Grillandi chegou a explicar por que motivo uma bruxa, alegadamente capaz de mudar de forma e de passar pelo buraco de uma fechadura, não podia escapar da prisão: “Já que o demónio se apoderou dela, Satanás deseja que seja executada, pois assim não poderá arrepender-se e livrar-se do demónio.”
Bruxas no Brasil
Pouca gente sabe que pessoas acusadas de bruxaria foram levadas à fogueira aqui no Brasil.
Os casos não são muitos, mas a Igreja fez vítimas em terras tupiniquins.
Como no Brasil era a Igreja Católica quem exercia poder e mandava na moral no pedaço, os casos de acusação de bruxaria foram feitos por meio dela.
Se compararmos os moldes da considerada bruxaria na Europa,se vermos bem não existiram bruxas no Brasil, segundo a Igreja. Por lá as mulheres eram caçadas e levadas à fogueira pelo envolvimento com satanismo, sacrifícios ou simples pensamento herético, enquanto por aqui as acusações se baseavam em práticas que se baseavam em um misto de sabedoria popular, utilização de recursos naturais para o tratamento e cura de doenças, adoração de entidades estranhas à Igreja ou o simples fato de se discordar dela. De qualquer jeito, se voce fosse diferente, voce tava fu**** e era considerado (a) bruxo (a).
O caso de Mima Renard
Em 1692 Mima Renard e seu marido se mudaram da França para o Brasil e acabaram se instalando na ainda Vila de São Paulo. Mima era uma mulher muito bela e talvez essa tenha sido sua maldição.
Ela despertava a cobiça dos homens e a inveja das mulheres da vila, tanto que seu marido foi assassinado. O acusado pelo crime foi um homem, casado, que pretendia abandonar a família e toma-la como esposa.
Sozinha e sem ter como se manter Mima foi levada à prostituição.
Uma mulher desejada pelos homens,sendo uma prostituta, levou a comunidade masculina ao delírio e, claro, o ódio das mulheres pela francesa aumentou ainda mais.
Mima tinha tudo para ter uma vida confortável, porém uma crise de ciúme de um de seus clientes resultou em novo assassinato. Detalhe interessante é que ambos os envolvidos no crime eram casados.
Diversas pessoas se queixaram ao padre local sobre Mima, acusando-a de usar feitiços que enlouqueciam os homens e, como resultado, a bela francesa foi queimada viva.
O caso Isabel Pedrosa de Alvarenga
Em 1750 foi aberto um processo acusando Isabel Pedrosa de Alvarenga de bruxaria. A acusação partiu de um dos “familiares do Santo Ofício” (como eram chamados os espiões da Igreja). Segundo ele, Isabel carregava um saco contendo umbigos de crianças, tufos de cabelo, panos ensopados de sangue, bicos de pássaros e toda espécie de material bizarro que seria utilizado para a prática de feitiçaria.
Na verdade Isabel nada mais era do que uma mulher pobre que vivia nas ruas à custa de esmolas.
Mesmo sem jamais admitir estar envolvida com a prática de bruxaria, foi condenada à morte.
Daí agente tira a conclusão de como tem filha da putagem no Brasil desde cedo.
Caso Ursulina de Jesus
Outro caso revoltante se deu em 1754 com Ursulina de Jesus.
Casada com Sebastião, figura bastante importante na região, foi acusada pelo próprio marido de praticar bruxaria. Segundo ele, a esposa fazia feitiços para retirar-lhe a virilidade e assim evitar que tivessem filhos.
No processo aberto pela Igreja, por incrível que pareça, consta o depoimento de Cesárea, a amante de Sebastião, confirmando seu insucesso sexual.
Dois anos após a morte de Ursulina, Cesárea e Sebastião se casaram, sem nunca terem tido filhos.
Caso Maria da Conceição
Maria era conhecida na vila de São Paulo por preparar poderosos remédios e poções para atrair o sexo oposto. O sucesso dos seus produtos era tamanho que ela passou a gozar de certa reputação.
Porém, por algum motivo desconhecido, ela ganhou a antipatia de um padre, chamado Luís, e logo a acusação de bruxaria caiu sobre ela.
Maria foi queimada viva em uma fogueira próxima ao Convento de São Bento, no centro de São Paulo.
Caso Adelaide Quintana
O caso de Adelaide Quintana é ainda mais surreal e revoltante. Viúva, ela herdara a fortuna de seu marido e, por não ter filhos, tinha uma vida solitária. Para dar um propósito à sua vida ela passou a levar para sua casa crianças que encontrava na rua. Lá elas eram alimentadas e ganham roupas novas. Geralmente essas crianças eram filhas de operários.
Não se sabe quem fez a denúncia, mas chegou ao conhecimento da paróquia regional que Adelaide atraia as crianças para sua casa com o intuito de coletar seu sangue, lágrimas e cabelo para a realização de bruxarias.
O destino de Adelaide nós já supomos qual foi.
As mulheres que sofriam essas acusações normalmente eram lavadeiras de mortos, curandeiras, parteiras ou adivinhas, típicas profissões femininas da época, mas de pouco prestigio.
Chegamos ao final de mais um post :/
Esse artigo de hoje foi bem histórico, mas o próximo farei sobre outras bruxas.
O que acharam Sinistros?? Se tiver faltando algo, deixa um comentário ou me mande um e-mail. Ficarei muito feliz em receber opiniões, propostas de posts, histórias, imagens...
Só pedir e eu posto.
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Até a proxima