Post Mortem

Saudações Sinistros
O post de hj é sobre uma prática bizarra que era muito comum até um tempo atrás.
Hoje em dia vemos na tv as polêmicas selfies tiradas em velórios de gente famosa, e foi nessa onda que o post de hoje é sobre Post Mortem!
Então meus queridos Sinistros, apaguem as luzes, sintam o silêncio....


Se tem um assunto que causa dúvidas e gera certo mistério é a morte.A morte nem sempre cai bem, ela, nem sempre é bem vinda. Será que há um descanso eterno? Ou simplesmente acaba tudo, fica o vazio...?
E existem diversas maneiras de se lidar com o assunto, especialmente quando ela chega a alguém próximo.
As vezes, nem para o morto que mesmo após o “até que a morte o separe” ainda sim continuam sendo amados (e sodomizados) por pessoas que não querem aceitar o fim de tudo.
Em nossa cultura atual  rituais como velório e enterro são mais do que comuns, e sabemos que todos nós passaremos por isso um dia. Mas há muitos anos existia uma outra maneira muito interessante de se homenagear os mortos.  Eu só tomei conhecimento do assunto quando assisti ao filme Os Outros, na época tinha passado na Band que aborda sobre o tema. 
Na época eu me caguei, não dormi...achei o filme muito bom e bastante bizarro, mas também um tanto quanto curioso, porque até aquela época o único filme que tinha me feito arregar era O Exorcista. (vou falar um pouco sobre os filmes Os Outros)

Post- Mortem  vem do latim e significa  após a morte, aí já dá pra imaginar que, fotos post-mortem, são nada mais nada menos que fotos após a morte.
  
Na Era Vitoriana (1837-19010), as fotografias post mortem ficaram muito famosas após a própria realeza inglesa se utilizar dela para o registro de parentes que haviam morrido.O primeiro registro fotográfico data da primeira metade do século XIX, em 1826,quando a Rainha Vitória pediu que fosse fotografado o cadáver de um parente próximo que acabara de falecer para que ela guardasse a foto de lembrança. Ao longo dos anos de 1800, o serviço fotográfico foi muito caro e o processo era lento, já que as câmeras demoravam muito tempo para capturar a imagem, portanto, sendo considerado luxo. (luxo real u.u)

Mas em pouco tempo (com a evolução tecnológica) este ato se tornou costumeiro se espalhando por diversas partes do mundo (era costumeiro, mas não era barato). Todos queriam prestar uma última homenagem a seus entes queridos e eternizá-los de certa maneira. Para isso em muitos casos, as fotos tiradas retratavam momentos do defunto com sua família, como se estivesse vivo. Eram feitas armações de madeira que sustentavam os corpos já sem vida, criavam-se poses e os mortos eram maquiados, tendo em muitos casos os olhos pintados sobre as pálpebras para manter o aspecto de vivacidade que já não tinham.
A criação de álbuns dos mortos funcionava como uma espécie de negação da morte. Muitos acreditavam que através da foto tirada a alma de seu ente querido ficaria viva para sempre naquele pedaço de papel. Com o passar dos anos tal prática foi  sendo esquecida e hoje em dia é vista por todos (pelo menos a maioria, pois há relatos de que em alguns países isto ainda seja comum ) como  bizarro.

Contudo, em no ano de 1839 surgiu uma técnica conhecida como daguerreótipo, criada por Louis Daguerre, que socializou em partes a produção de fotos, através de uma técnica mais barata e mais rápida. Entretanto, ainda sim era cara o suficiente para impedir que as pessoas pudessem tirar várias fotografias de si e da família ao longo dos anos, restando apenas a estratégia de guardar dinheiro para que, pelo menos, fosse possível pagar por uma foto de seu familiar após a morte. 

 Apesar de tudo isso, as fotografias post mortem surgiram, para que os pais pudessem guardar imagens de seus filhos, quando estes morriam (pois na época era comum muitas crianças/adolescentes/o caralho a quatro pegar uma doença de satanás e morrer). Exatamente como fora dito anteriormente, o processo de captura da imagem era demasiadamente lento e fotografar uma criança, que muitas vezes ficava impaciente, era um trabalho em dobro.

  (imagina só o porque da pirralhada ficar agitada... tirar foto com defunto, é de traumatizante!)

Tudo isso fez com que as fotos tiradas em vida das crianças da família fossem um serviço de luxo apenas ao alcance dos mais afortunados. A solução para o problema, juntamente com o fato de na época a mortalidade infantil ser alta, foi fotografar as crianças que haviam morrido, surgindo as post mortem. Dessa forma, os familiares ainda poderiam ter o registro dos filhos.
Exatamente pelos motivos apresentados para a prática que as fotografias post mortem não devem ser vistas com espanto, pois elas, além de serem arte, eram, talvez, o único registro de um ente querido. Elas carregam, portanto, sentimentos. O serviço para se registrar uma dessas fotos variava. Para que se assemelhassem aos retratos que eram tirados em vida, por exemplo, o fotógrafo realizava um verdadeiro trabalho artístico. Havia toda uma produção para que a pessoa que se queria registrar saísse o mais natural. (maquiador profissa de defunto vitoriano, o bagulho era chique)

Assim, recursos de iluminação, maquiagens (pintura dos olhos), produção de cenário e vestimentas eram pensados e planejados de forma profissional e com esmero nos mínimos detalhes, de forma a garantir um cenário que representasse o cotidiano. Algumas vezes eram necessários recursos extras de produção, como estruturas em madeiras ou ferro para sustentarem os corpos das pessoas mortas. Por outro lado, existiam aqueles que não se importavam que seus parentes mortos fossem fotografados dentro de caixões, sem grandes produções artísticas, ainda que houvesse a preocupação em se produzir um ambiente tranquilo para a foto.

Por todos esses fatores, as fotografias post mortem podem ser consideradas registros de arte e uma homenagem àqueles que se foram. Com o tempo, as fotos começaram a ficar mais acessíveis às pessoas com a evolução das técnicas fotográficas e as post mortem foram abandonadas aos poucos, restando apenas aquelas tiradas de crianças muito pequenas. Por fim, a técnica ficou marcada como uma das características e curiosidades da Era Vitoriana.

Alguns exemplos que podem ser citados são: Andres Serranos e Joel-Peter Witkin. O primeiro registrava corpos de pessoas que faleceram de forma violenta, já o segundo mutilava os corpos de indigentes e os colocava nas posições desejadas para a produção de uma fotografia artística. Tabu ou não, o fato é que as fotografias post mortem eram vista com naturalidade no século XIX e eram um pedaço e a representação da cultura e organização social da época.

PS: A Era Vitoriana compreendeu o reinado da Rainha Vitória, que vai de 20 de junho de 1837 e finda em 22 de janeiro de 1901 com sua morte. (será que rolou um post-mortem dela?).
A técnica daguerreótipo foi o primeiro processo fotográfico de sucesso em sentido comercial. Foi inventado por Louis-Jacques-Mandé Daguerre e condiz com um processo fotográfico sem a produção de uma imagem negativa, mas apenas um positivo em baixo relevo em tons de cinza.

Bom, como eu sei que alguns de vocês não aguentaram ler essas informações, e vieram direto para as fotos... Abaixo estão os post-mortem da Era Vitoriana, mas vou avisando, se você for fresco, não veja as imagens.
Recado tá dado, vamos lá.

 
Nessa foto foi encenada uma situação em que a criança morta parece brincar com sua boneca.


O bebê está morto. Note os olhos pintados sobre as pálpebras da criança. (moleque com o olho arregalado, parece até que viu um kinder ovo dando sopa)



















E aí Sinistros?? O que vocês acharam dessa pratica?
Bom, vamos aos filmes:

1 - Post Mortem:

Chile, Setembro de 1973. A história decorre durante os dias do golpe de Estado pelo general Augusto Pinochet contra o Governo de Salvador Allende. Mario Cornejo (Alfredo Castro) é um homem triste e solitário a trabalhar numa morgue de Santiago, onde transcreve os relatórios das autópsias. Nancy Puelma (Antonia Zegers), a sua vizinha, é uma corista de cabaret que se recusa a envelhecer. Um dia os caminhos de ambos cruzam-se e Mario apaixona-se irremediavelmente. Obcecado, segue a vida de Nancy, observando todos os seus passos. Até que, uma manhã, ele encontra a casa dela destruída. É então que, em desespero, passa a procurar o seu rosto em cada cadáver que chega à morgue. Até, finalmente, a encontrar...
Terceira longa de Pablo Larraín, "Post Mortem" é o segundo tomo de uma trilogia dedicada aos anos negros da ditadura chilena (o primeiro foi "Tony Manero", em 2008).

 Pela descrição, deve ser um filme chato pra cassete.


2 - Os Outros:

Na isolada Ilha de Jersey no final da Segunda Guerra Mundial, Grace (Nicole Kidman) aguarda o retorno de seu marido do campo de batalha. Em uma bela e espaçosa mansão, ela vive com seus dois filhos acreditando estar mantendo-os em segurança. Mas tudo isso é pura ilusão. Quando novos criados chegam para substituir os antigos que sumiram misteriosamente, eventos assustadores e sobrenaturais começam a se desenrolar. A filha de Grace diz estar mantendo contato com aparições inexplicáveis. Inicialmente, Grace se mostra relutante em acreditar em tais aparições, mas logo começa também sentir a assustadora presença de outras pessoas em sua casa. Quem serão eles? O que querem? Para descobrir as respostas, Grace deve deixar de lado todos seus medos e crenças e entrar no coração do arrepiante mundo do sobrenatural.
Grace (
Nicole Kidman) é uma mulher muito religiosa, centrada em suas crenças e costumes estranhos, ela vive isolada em uma ilha com os filhos. A filha Anne (Alakina Mann) diz manter contanto com fantasmas, e o menino Nicholas (James Bentley) vive sempre atormentado pensando nas coisas que a irmã diz ver e se elas realmente existem, ambos esperam ansiosos a volta do pai da guerra.Outro detalhe é que as crianças não podem sair na luz  sol, por isso a casa onde vivem está sempre na total escuridão. Embora vivam em uma mansão bela e espaçosa a casa esconde muitos segredos e eles passam a se tornar mais misteriosos com a chegada de três misteriosos empregados que dizem que vieram por causa de um anuncio no jornal, tudo passa a ficar mais estranho quando ela descobre que não colocou o anuncio nos jornais. Os empregados Sra. Mills (Fionnula Flanagan) uma senhora sempre muito misteriosa, Sr. Tuttle (Eric Sykes) um senhor muito observador que sempre atende as ordens da Sra. Mills e a menina Lydia (Elaine Cassidy) que é muda , dizem conhecer a casa muito bem e escondem vários segredos. Com o desenrolar da historia ela passa a acreditar que a filha realmente vê coisas sobrenaturais e de que com certeza eles não vivem sozinhos entre as escuras paredes da mansão. Quem toca o piano a noite sendo que ele esta trancado? Quem abre misteriosamente as cortinas dos quartos? E de quem são as vozes misteriosas que aparecem do nada? Tudo isso se acumula na cabeça de Grace que esta decidida a descobrir a verdade, por isso quer que o padre local vá abençoar a casa, mas ele se recusa a ir , quando ela decide ir a seu encontro , seu marido Charles (Christopher Eccleston) esta de volta a mansão, quase dois anos após o fim da guerra. Porem ele não esta nada bem, e diz que só veio se despedir da esposa e dos filhos. Inconformada ela esta cada vez mais obcecada em saber quem esta na casa, e qual a melhor maneira de proteger seus filhos.

 

O que acharam Sinistros?? Se tiver faltando algo, deixa um comentário ou me mande um e-mail. Ficarei muito feliz em receber opiniões, propostas de posts, histórias, imagens...
Só pedir e eu posto. Se quiserem mandar seus relatos e creepypastas será uma honra para mim postá-las.
(annadevildavis@gmail.com e srta_annah_@hotmail.com)
Até a proxima !!!!